sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A Melancolia de um (quase) Otaku

Olá e sejam bem vindos.

Antes de mais nada, eu gostaria de dizer que esta é a minha primeira tentativa em criar e administrar um blog, portanto eu peço que tenham um pouco de paciência ao ler minhas primeiras postagens.

Bom, agora que eu já dei o primeiro passo, eu gostaria de começar minha postagem inaugural narrando a minha experiência com o anime que me trouxe ao mundo otaku. Como alguns de vocês já podem ter notado pelo título desta postagem, a história em questão não é nenhuma outra senão Suzumiya Haruhi no Yuuutsu.

Mas antes de continuarmos, que tal dar uma conferida na abertura da primeira temporada da série? Com vocês, Bouken Desho Desho?





Depois disso eu acho que já deve ter dado para entrar no clima, não é?

Então, eu vou começar com a história agora.

Tudo começou há mais ou menos uns dois ou três anos atrás em uma tarde de domingo enquanto eu estava passando o tempo com uns amigos jogando D&D e de repente um deles começou tocou no assunto de uma música de um anime que eu nunca havia ouvido falar antes.

Bem, eu sempre gostei de animes e coisas relacionadas, afinal de contas eu sou membro da 'Geração Manchete' e cresci vendo Cavaleiros do Zodíaco, Shurato, Pokémon e tantos outros. No entanto, eu nuca me considerei um fã, ou muito menos, alguém que pudesse ser considerado um otaku. Portanto, eu não compreendi por que era um crime eu não saber nada sobre aquela música que na verdade me irritava bastante, ainda mais acompanhada daquela dancinha (lindamente interpretada por um sujeito de 1,70 m e mais de 100 kg).

Mas, tamanha foi a insistência do rapaz, que um dia eu acabei assistindo o tal anime para ver se havia alguma coisa digna de nota naquela história.

Para a minha surpresa, eu acabei sendo capturado pelo mundo de Haruhi Suzumiya de uma maneira que eu não poderia antecipar. No entanto, eu ainda continuei não entendendo o motivo da fixação dos supostos otakus somente com os últimos 60 segundos de cada episódio da série, a ponto de que muitas opiniões que eu ouvi depois diziam que a série era no máximo genérica, mas que o seu encerramento era a melhor coisa que já havia saído do Japão.

Eu discordo.

A Melancolia de Haruhi Suzumiya é uma série única que deve ser experimentada pessoalmente para que se possa formar uma opinião sobre ela, visto que ela não se encaixa nos moldes de nada feito antes, ou mesmo depois dela. Portanto, o máximo que eu posso fazer é partilhar a minha opinião e um pouco do meu conhecimento sobre a série com vocês.

O primeiro dos fatos importantes sobre Haruhi Suzumiya é que ela nasceu como uma série de light novels de autoria de Nagaru Tanigawa e ilustradas por Noizi ITO.

Haruhi Suzumiya. Um livro, uma lenda.
Light novels são um tipo muito popular de literatura infanto-juvenil no Japão, escritas com uma linguagem mais acessível e tratando de temas mais interessantes para o seu público alvo, quando comparadas às 'hard novels' que são escritos em um japonês mais formal e (geralmente) tratam de temas mais adultos.

Outros exemplos de light novels que se tornaram animes de sucesso incluem Toaru Majutsu no Index (Um Certo Índice Mágico), Toradora!, Sword Art Online, e muitas outras.


Mas voltando ao assunto, A Melancolia de Haruhi Suzumiya é na verdade o título somente do primeiro livro da série que no presente momento possui um total de dez novels publicadas em onze volumes diferentes.

No entanto, a série de animação se utilizou desse título durante as suas duas temporadas, apesar de adaptar todo o conteúdo dos volumes 1 a 3 (A Melancolia, O Suspiro e O Tédio de Haruhi Suzumiya, respectivamente), além de partes dos volumes 5 e 6 (O Tumulto e A Hesitação de Haruhi Suzumiya).

O volume 4 (O Desaparecimento de Haruhi Suzumiya), o melhor de todos os livros da série na minha opinião, foi adaptado mais tarde em forma de filme e se tornou um sucesso entre os fãs. O restante da série nunca foi adaptado para uma versão animada e, infelizmente, talvez nunca venha a ser.

A trama da Melancolia de Haruhi Suzumiya é bem simples, mas nessa simplicidade se esconde uma história na qual é fácil de se perder caso você não preste atenção.

Tudo começa com o nosso protagonista, conhecido somente pelo apelido de Kyon, a caminho de sua nova escola durante o seu primeiro dia como um aluno do colegial. Nesse ponto já é possível compreender bem a personalidade de Kyon, pois durante essa caminhada ele demonstra em seu primeiro monologo interior o quão sarcástico e cínico ele é.


Mal sabia Kyon que sua vida mudaria de maneira drástica assim que a garota que estava sentada atrás dele em sua nova turma concluísse a sua apresentação.


A reação de Kyon à apresentação pouco ortodoxa de Haruhi é bastante natural na minha opinião, mas como eu disse essa é uma série que se precisa ver pessoalmente, portanto eu deixo por conta de cada um ver e descobrir como a cena acima termina.


Independente do que ele possa ter pensado originalmente, Kyon acaba criando a coragem para tentar abrir um diálogo com Haruhi por mera curiosidade. Afinal de contas não é todo o dia que você encontra alguém capaz de dizer esse tipo de coisa em público, sem ser em uma piada.

O resultado das poucas conversas que ele teve com ela, no entanto, foi algo que Kyon não podia nem sequer imaginar.



A partir desse ponto Haruhi, com a ajuda, menos que voluntária, de Kyon decide formar o seu próprio clube com o objetivo de encontrar espers, aliens, seres de outras dimensões e viajantes do tempo e se divertir com eles. À esse “clube”, ela resolve dar o nome de Brigada SOS ( Brigada para Salvar O Mundo fazendo-o transbordar de Excitação de Haruhi Suzumiya).

Além de Kyon, Haruhi recruta outros três membros para completar o seu clube.

Yuki Nagato, uma garota de poucas palavras e amante de livros. É a única que oficialmente faz parte do Clube de Literatura, que acabou tendo a sua sala de atividades “confiscada” por Haruhi afim de servir como base para a Brigada SOS.

Mikuru Asahina, uma tímida veterana, ex-membro do Clube de Caligrafia. Apesar de ser mais velha que os outros integrantes da brigada por um ano, é bem menor e mais moe que Haruhi, exceto por um detalhe, o seu busto extremamente avantajado.

Itsuki Koizumi, um misterioso aluno transferido. Dono de uma fala mansa e uma mente afiada, ele quase nunca é visto sem um sorriso enigmático nos lábios, ou com os olhos abertos.


Da esquerda para a direita: Kyon, Haruhi, Mikuru, Itsuki e Yuki.
Agora, de posse de seu próprio clube, Haruhi parte em uma série de desventuras afim de alcançar seu objetivo. No entanto, como Kyon descobria pouco tempo depois, cada um dos outros membros da Brigada SOS possui um pequeno segredo que se não deve revelado sob nenhuma circunstância a Haruhi.

Eu deixo com cada um a decisão de assistir à série e descobrir que segredos são esses pessoalmente. A única coisa que eu garanto é que no mundo de Suzumiya Haruhi no Yuuutsu nada é o que parece ser, nem mesmo os gatos de rua.

Bom, com isso eu chego ao fim da minha primeira de, espero, muitas postagens para esse blog e sobre Haruhi Suzumiya. Em uma futura postagem eu farei uma resenha mais detalhada sobre a série de anime, assim como discutir os outros aspectos da franquia, então fiquem no aguardo.

E agora para fechar com chave de ouro, que tal darmos uma olhada naquela tal música de encerramento que, ironicamente, iniciou isso tudo. Uma despedida no estilo de Haruhi Suzumiya para todos vocês, com Hare Hare Yukai!


Obrigado a todos pelo seu tempo e compreensão.

Até mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário